Vários são os voluntários e cobaias utilizados em prol da medicina, sejam no sacrifício de animais e outros... Pesquisas que usufruímos e que muito tem contribuído para elaboração de antinodos. Sabemos do esforço que se faz para chegar a uma faculdade em nosso país, sonho para poucos. Também deixar claro a falta de interesse de muitos.
Testando seus limites: Assim classifico quando somos submetidos a testes físicos para uma determinada questão científica a ser pesquisada. Muitas são as exigências para a concretização de determinados testes, pois o atleta chega quase no limite de sua capacidade física, por sua vez não se faz com qualquer uma pessoa, “atleta” é necessário que estes estejam em atividades, em treinamento extremo para suportar alguns destes testes a serem submetidos.
Venho por meio desta, fazer um comentário sobre minha contribuição em relação a testes na qual já fui submetido como voluntário no decorrer dos meus onze anos como ciclista sempre contribui com testes e, dados colhi que me foram muito úteis... A partir de 2003 não contribui mais como voluntário. Questiono hoje sobre as pesquisas para testes em universidades e outros. Em muitos casos assinamos documentos no qual não os responsabilizam sobre como e para que possa ser utilizado o teste “dados colhidos do atleta durante os testes” a fazer em prol de uma suposta utilização em algum momento que seja em universidade pública ou particular. Mas de alguma forma, o teste feito poderá ser ou estar sendo utilizado de forma em que a pessoa não é, ou jamais será comunicada ao uso do teste em que foi submetido. Isso aconteceu comigo!
Vejo sem ética, para com a atitude tomada com um de meus testes, pois ganham dinheiro sem ao menos querer saber das condições estou passando... Não vejo somente na questão financeira, na falta de respeito, mas também como atleta, pois uma mentalidade medíocre de achar que não me possibilita na qualidade de ser um grande atleta, “hoje, já provada minhas qualidades nas competições de nível internacional” e, sendo referencia para muitos praticantes do ciclismo. Sem contar da importância de estarem sendo feitos testes meus para questões de pesquisas em laboratórios! Com tudo, ganha eu o atleta e a ciência. Vale lembrar que em vários países se faz desta forma.
Quero deixar claro que nesta mesma época, quando fui submetido a teste, melhor, no mesmo dia, precisei de uma consulta para ver lesão no joelho e paguei consulta na mesma universidade pública, na qual acabara de ser submetido ao teste voluntário! Também, nesta mesma época pedi para o Senhor Professor “estrangeiro” desta mesma universidade pública, que se possível, me ajudasse, elaborando uma planilha de treino, uma vez que meu teste foi considerado pelo Senhor Professor “estrangeiro”, excelente desempenho. Sua resposta foi: “Só treino a seleção brasileira”! Foi humilhante pra mim ouvir aquilo!
Hoje digo com muita frustração, e bastante chateado por ser atleta em nosso país, uma vez que quase nada se tem de representatividade pelo que se faz e, pior, saber do potencial adquirido através de muito treino e dedicação de anos e superando limites. Experiências que não se fazem somente em sala de aula. Também sem reconhecimento algum pelos órgãos responsáveis do governo que fazem suas leis interessantes a se próprios.
Devemos acreditar se precisam de um ciclista é porque ele tem suas qualidades, então precisamos nos valorizar e acreditar que um dia seja reconhecido assim como os artistas, músicos, compositores que ganham pelo seu talento, seja pelo trabalho de hoje, também pelos que fizera. Defendo esta causa!
Deixo aqui os parabéns aos estudantes.
Grande abraço
Rogério Pacheco
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