quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ciclista paraolímpica volta a andar após 13 anos e já pensa em competir no triatlo

A atleta holandesa Monique Van der Vorst, vice-campeã paraolímpica de ciclismo em Pequim-2008, conquistou o maior título de toda a sua vida, tanto dentro como fora das pistas. Paraplégica, ela [...]


A atleta holandesa Monique Van der Vorst, vice-campeã paraolímpica de ciclismo em Pequim-2008, conquistou o maior título de toda a sua vida, tanto dentro como fora das pistas. Paraplégica, ela voltou a andar após treze anos presa a uma cadeira de rodas, em um caso milagroso de incrível e principalmente acidental superação médica.
Ainda adolescente, ela perdeu os movimentos das pernas quando tinha apenas 13 anos de idade. Em vez de se abater, ela virou atleta e tentou o ciclismo paraolímpico, por onde conquistou duas medalhas de prata na Paraolimpíada de Pequim, e sonhava em conquistar o ouro em Londres-2012.
Mas 13 anos depois, ela viu o sonho cair por terra, em lugar de outro ainda mais importante. Nove meses atrás ela foi atropelada por um outro ciclista enquanto treinava, e começou a sentir formigamentos nos pés, até que realizou uma intensa fisioterapia para se recuperar, conseguindo ficar sobre os próprios pés algum tempo depois.
A atleta afirmou que agora “não precisa de Natal, pois cada dia passou a ser especial” após conseguir andar sem dificuldade. No entanto, nem tudo foram alegrias: agora ela não poderá mais competir no ciclismo paraolímpico, algo que considerava “a razão de sua vida”.
“(Competir) era como uma paixão. É difícil porque agora preciso encontrar um novo propósito para viver”, lamentou a atleta, em entrevista à agência Associated Press, que apesar disso não deu espaço para a tristeza, pensando com alegria na nova fase da vida.
“Isso me deu grande auto-estima. Aprendi a pensar em possibilidades, e não em limitações. Realmente não posso mais correr, mas existem várias coisas que poderei fazer em lugar disso. Eu era independente. Pude correr, dirigir, voar. Eu tive uma boa vida”, explicou.
Sem poder andar de bicicleta adaptada, ela projeta agora vencer uma prova de Triatlo, feito que conseguiu enquanto paraplégica, mas desta vez andando sobre os próprios pés. “Será um sonho para mim conseguir disputar a prova como uma atleta capacitada para isso”, espera.

FONTE:FPC

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